![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz6giiuINbMA72EKS0_a8OO4rcaTp8264ySvUS6qlx67RV6ATqTbjZVL90YZ6mw7ejICX9ZmTpYc0uOlSzLa-Li1proKoqepVl-vVHE3dy5Jf-M0ql0z7RA_q1xYPxsVoy_KNAWjjGcO4/s320/timor2007rock.jpg)
( na paisagem bela e incomparável do saudoso Timor leste )
A casa...
e a casa fecha-se
como uma flor que se gasta
agora
as palavras sobem-na
como raízes
devoradoras
sobre os olhos
entaipados
há esse amor
um vermelho muito alto
tão alto
e a morrer, a morrer
como sangue ao relento
ou livros abandonados
no chão da memória
no desejo
e há um adeus muito triste
um céu antigo
que tudo cobre sem gritar
ternura
é a ternura meu amor
é esta fogueira medonha que se apaga
no coração silencioso
do tempo frio
a casa, amor
o punho fechado do destino
roendo
o que os olhos largaram na rua
o que as mãos pousaram
no coração
para sempre, para sempre, para sempre
In: gil t sousa