domingo, 19 de setembro de 2010

Cruzei-me contigo ontem no denso nevoeiro da noite, a dureza do dia transformou-me o coração num enorme cubo de gelo, gélido como este dia, gélido como a noite que me consome até ás entranhas…Assombram-me os rostos desconhecidos daqueles que deixaram de ter o brilho da vida em seus olhos…O meu rosto encontra-se gasto dos silêncios das sombras. Lembra-me o teu nome, negro e pesado… Que estranho o vicio onde coloco as mãos trémulas de ansiedade e secas de tanto desinfectar. Não, não grites, já não te ouço… a tua voz é um eco de silêncio das noites em que partilho varias emoções… felicidade, tristeza, ansiedade… frieza… Faz-me falta o sono do guerreiro insensível… tudo que guardo, são imagens de um sono turbulento onde pairam sombras desajustadas das imagens reais que me recuso a vislumbrar...